Um dia, a minha mãe chega ao pé de mim e diz:
- Cândida vamos a um retiro das famílias de Caná.
Nessa altura na minha cabeça só eram perguntas que todos os jovens tem nesta altura. Como por exemplo:
- Será que lá vão estar pessoas da minha idade?
- Será que quando no meu colégio souberem vão gozar comigo?
- Vai ser uma seca...
- Não quero ir.
- Vou ter de me levantar tão cedo quando ainda poderia ficar na cama?
- Cândida arruma tudo agora que ainda temos de ir ao supermercado fazer compras para amanhã.
E começo a pensar: amanhã o que é que temos amanhã?
Pergunto à minha mãe e Ela responde:
- O retiro. Já te tinhas esquecido?
E de novo volta o pensamento: Vai ser uma seca...
Finalmente, infelizmente para mim chega o dia do retiro.
Estou eu a dormir muito bem quando de repente ouço a chamarem-me:
- Cândida! Acorda, Cândida!
- Já é tarde?
E de novo volta outro pensamento. "Podia ficar na cama descansadinha a dormir até tarde e tenho de ir para o retiro."
Sem outro remédio levanto-me e arranjo-me para ir para o tal retiro.
Chegamos ao sitio onde se vai realizar o retiro e temos logo à porta pessoas todas sorridentes a desejarem-nos um bom dia.
Entro e ao longe vejo colegas minhas da catequese. Vou ter com elas e logo pergunto:
- Estão aqui?
- É a primeira vez que vêem? Isto é fixe?
Entretanto começa o retiro.
Ouço logo a Teresa:
- Vamos começar por cantar e rezar para que tudo o que vamos fazer hoje corra como planeamos.
Rezamos a oração liderada pela Teresa, e de seguida vamos com Niall (marido da Teresa).
Começamos por fazer uma roda, depois apresentamos-nos sempre com alguma brincadeira, como por exemplo:
O meu pequeno almoço foi ...
A seguir começamos a saber atividade que vamos fazer, pode ser uma cruz, uma ponte ou outra coisa qualquer, isso nunca é certo.
Uma coisa que é sempre certa é a alegria e diversão.
Fazemos a atividade que leva o dia todo, sempre com pausa para almoçar em conjunto, ou seja, ou almoço partilhado.
Chegando ao fim do dia apresentamos o que fizemos com Niall aos nossos pais que olhando para nós sorriem de alegria e orgulho.
Para finalizar fazemos a oração do fim com uma canção à mistura, mas aqui o nosso pensamento já è:
"Já acabou? Quero mais..."
no fim da oração lá vamos nós brincar para algum sitio.
De repente para estragar o momento ouço a minha mãe:
- Cândida, filha vamos embora!
- Só, mais um bocadinho. Vá lá...
- Não, filha temos mesmo de ir.
Despeço-me de todos e venho mais a minha mãe embora.
Chego ao carro e digo logo para a minha mãe:
- Foi tão fixe. Quando é o próximo?
Com uma alegria enorme chego a casa e vou acender uma vela ou se não acender uma vela rezo e agradeço pessoalmente a Jesus me ter conduzido até ao retiro, pois foi a melhor coisa que me aconteceu.
Mensagem que quero transmitir: Não temos de ter medo nem vergonha de ir a um retiro. Faz-nos pensar de outra forma e viemos com muito mais alegria e fé do que fomos de manhã.
Cândida, ainda bem que escreveste o que sente alguém da tua idade quando vai a um destes retiros, tal como a Gui também estava receosa...agora sempre que lhe falamos em retiro apronta-se logo para ir!
ResponderEliminarNo último que fomos em Almada uma rapariga dizia alto e bom som a outra «sim é a minha cara, estou com cara de quem não quer estar aqui...» e no final do dia era vê-la toda divertida com os seus novos amigos, cheios de orgulho no seu trabalho!
bj grandes
Obrigada por comentar e por partilhar comigo a sua experiencia. Continue atenta ao blog. Mas sem deixar de comentar. Bjs Olivia.
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